Um dos objetivos é reduzir a transmissão da doença em Itapeva e região em época com maior incidência do Aedes Aegypti
Em meados do mês de dezembro, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), juntamente com o Grupo de Vigilância Epidemiológica de Itapeva promoveram capacitação sobre o manejo da dengue e a classificação de risco, destinada ao corpo clínico, equipe de enfermagem e demais interessados.
O médico responsável pelo CCIH, Dr. Roberto Luiz Abud e a enfermeira Claudete de Oliveira Costa juntamente com a diretora técnica da GVE, Filomena Maria do Carmo N. Chudek recepcionaram o público presente no Auditório da Santa Casa, para falar sobre a atual situação da dengue na cidade de Itapeva e região.
De acordo com a diretora da GVE de Itapeva, Filomena (mais conhecida como Carminha), a situação da dengue no estado de São Paulo tem aumentado e até o mês de outubro deste ano, foram quase 207 mil casos de dengue diagnosticado. “Desse total, aproximadamente 206 mil detectados com a dengue clássica, 435 casos graves, onde 70 foram a óbito somente em 2013”, destaca a diretora da GVE.
Carminha também falou sobre o Plano de Ações para o controle de dengue e finalizou sua abertura com uma frase de Eric Martinez. “Tão importante como evitar a transmissão da dengue é a preparação dos serviços de saúde para atender adequadamente os pacientes com suspeitas e evitar os óbitos”.
Em seguida, Dr. Abud, falou sobre a nova classificação de risco, o porquê classificar os pacientes suspeitos e como fazer este novo procedimento. “A classificação proposta se baseia em dados levantados em relação a casos graves e óbitos por dengue e é utilizada para a organização dos serviços e também no manejo clínico. Ela é baseada na identificação de alguns sinais e sintomas que podem identificar pacientes que possam ter uma evolução mais grave e que demandam mais atenção”, destaca.
Segundo o médico da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar da Santa Casa, a classificação deve ser feita para todos os suspeitos, mas é particularmente importante para os que não apresentam ainda sinais evidentes de gravidade, porque o paciente que chega em estado de choque, e com hemorragias não deixa a menor dúvida, sobre o caso. “É necessário lembrar que a dengue é uma doença dinâmica, ou seja, as informações do cartão de acompanhamento de dengue devem ser feitas corretamente por todos os profissionais de saúde, seja na rede pública, ou no ambiente hospitalar”, reforçou.