Representantes das 25 maiores entidades filantrópicas do país, entre elas a Santa Casa de Itapeva, estiveram reunidos em Brasília para discutir soluções para os problemas enfrentados pelo segmento dos filantrópicos
A Santa Casa de Itapeva participou de um importante encontro do setor filantrópico com o governo federal, em Brasília. O ministro Ricardo Barros e a equipe técnica do Ministério da Saúde receberam dirigentes da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), representantes das 25 maiores entidades filantrópicas e membros do Conselho Consultivo da entidade federal.
Aristeu de Almeida Camargo Filho, superintendente da Santa Casa, representou a Instituição na ocasião. “Essa pauta sobre a dificuldade que os filantrópicos enfrentam já foi bastante discutida e é preciso que os nossos governantes atentem para isso. Além disso, A Santa Casa de Itapeva tem diversos projetos prontos para melhorar a assistência aos pacientes do SUS, como o credenciamento da Hemodinâmica, credenciamento da Oncologia e ampliação das vagas para Hemodiálise, que estão dependendo de aprovação do Ministério da Saúde”, explicou.
O Ministro disse que há uma grande preocupação em encontrar um caminho para solucionar os problemas do segmento sem fins lucrativos, mas admitiu que as Santas Casas e hospitais filantrópicos são parte importante do sistema de saúde, especialmente em relação à equação financiamento x resultado. “Sabemos que as Santas Casas têm um custo menor do que os hospitais públicos e é um modelo que deve ser reforçado. Mas, precisamos encontrar uma solução para o financiamento. É evidente que, especialmente nesse momento de crise, não há perspectiva de novos recursos, mas estou empenhado que o governo garanta o que está previsto no orçamento da União para a Saúde”, afirmou.
Edson Rogatti, presidente da CMB e Fehosp (federação paulista), explicou as dificuldades com o endividamento, a necessidade de financiamento e as linhas de crédito oferecidas pelos bancos de fomento, como BNDES e Caixa Econômica Federal. Ele pediu o apoio ao PL 744/2015, que cria o Programa Pró-Santas Casas.
Rogatti disse que a expectativa é que os grupos de trabalho entre a CMB e o Ministério da Saúde sejam recriados e reforçados, para buscarem soluções que sejam boas para ambos.
O representante da Santa Casa de Porto Alegre, Julio Dornelles de Matos, apresentou os números da dívida dos filantrópicos, que já ultrapassam os R$ 21 bilhões, e reforçou que os hospitais têm arcado com os déficits do subfinanciamento do SUS e que, com o recurso que é oferecido, é difícil, inclusive, manter o corpo clínico qualificado.