O 26º Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos foi encerrado na última quinta-feira em Brasília. O evento contou com a participação do superintendente da Santa Casa, Aristeu de Almeida Camargo Filho, que aproveitou para estreitar relações com ministros e apresentar propostas para a criação de emendas para a Santa Casa. “Além do aprendizado, esse Congresso é muito importante para nos aproximarmos das autoridades políticas e tentar trazer benfeitorias para a nossa Santa Casa através desses contatos”, conta.
Durante sua palestra, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou a ampliação do prazo de carência da linha de crédito Caixa Hospitais, de 84 para 120 meses. Além disso, segundo ele, serão investidos R$ 513 milhões no segmento filantrópico, dos quais R$ 317 milhões serão para habilitar e custear os hospitais que já prestam serviços que ainda não estão sendo pagos.
A liberação da verba é resultado das medidas de gestão adotadas pelo ministro nos primeiros 100 dias à frente da pasta, como revisão de contratos e economia com aluguéis e outros serviços, que levaram a maior eficiência dos gastos. Desta forma, o recurso economizado está sendo reaplicado na saúde, garantindo a expansão de serviços, como é o caso desses hospitais, e da oferta de medicamentos. “Estamos tomando ações concretas para que essas entidades, que respondem sozinhas por mais de 50% dos atendimentos do SUS, ganhem fôlego e continuem prestando atendimento de qualidade à população”, destacou o ministro Ricardo Barros.
O ministro informou, ainda, que foi feito um novo acordo com a Caixa Econômica Federal, ampliando o prazo de pagamento das Operações de Crédito das entidades filantrópicas. Além disso, o crédito fica limitado à margem financeira disponível para cada instituição, não podendo ultrapassar 35% do faturamento total da entidade nos últimos 12 meses junto ao SUS. Também será criado um Proad, em que os hospitais de excelência prestarão consultoria às demais instituições filantrópicas de saúde para a elaboração dos projetos de reestruturação exigidos pelas linhas de crédito existentes.
“Estamos priorizando as filantrópicas, que terão prioridade no custeio de financiamento. O dinheiro é fruto da economia que o governo está fazendo com novas negociações com laboratórios e compras de medicamentos, além da digitalização do sistema”, afirmou, ressaltando, ainda, que será feita uma readequação dos recursos para a Saúde na proposta de orçamento anual.
Para o superintendente da Santa Casa de Itapeva, Aristeu de Almeida Camargo Filho, o anúncio do ministro traz uma expectativa positiva para os hospitais. “Estamos batalhando por dias melhores para os filantrópicos há muito tempo. Precisamos, de fato, dessas medidas efetivas que nos permita melhorar a assistência aos pacientes do SUS”, conclui.