Rede de balanço, cuidado canguru e banho de ofurô são algumas das terapias que estão auxiliando na recuperação dos bebês internados na Unidade Neonatal da Santa Casa de Itapeva
Para humanizar o tratamento dado aos bebês nascidos prematuros (antes da 37ª semana de gestação) a Santa Casa de Itapeva aderiu algumas técnicas terapêuticas que aceleram a recuperação dos bebês, como as redes de balanço dentro das incubadoras, o cuidado canguru e o banho de ofurô.
A ação já é realizada há alguns meses e está apresentando resultados positivos, como diminuição do estresse das crianças e ganho de peso mais rápido. Deitados sobre as redes, os bebês de sentem acolhidos e confortáveis, como se ainda estivessem no útero materno. A enfermeira Márcia Moreira, coordenadora da Unidade, explica que a técnica é utilizada para bebês que apresentam condições de saúde favorável ao uso da rede. “Tudo é monitorado pelas nossas profissionais, que também observam as respostas que os bebês estão apresentando diante do tratamento”.
De acordo com a médica neonatologista, Dra. Elaine Moreira Lopes, os bebês que passam por essas terapias tendem a apresentar ganho de peso e conseguem mamar no peito mais rapidamente. “As terapias da redinha e o banho de ofurô simulam que o bebê ainda está dentro do útero, com liberdade de movimentos. Além de reduzir o estresse, estimula o desenvolvimento motor do bebê”, explica.
Caroline, que nasceu com 28 semanas de gestação e 680 gramas, vive a experiência do contato pele a pele, o chamado cuidado canguru. Nessa técnica o bebê é colocado em contato com a pele da mãe (ou outro familiar) o que contribui para a melhor oxigenação do bebê, ciclos regulares de sono profundo, ganho de peso e tranquilidade. “Sinto que ela fica mais calma quando estamos assim, além de ser muito emocionante esse contato”, conta Francis Jaqueline Wernek, mãe da pequena Caroline.
Outra terapia que tem proporcionado benefícios aos bebês é o banho de ofurô, que além de ter a função de higiene, relaxa, alivia os sintomas da cólica, diminui o choro e a agitação. Segundo a enfermeira Valdirene Gomes de Camargo, supervisora da Neonatal, o banho de imersão é menos estressante para os prematuros. “Observamos a expressão de satisfação dos bebês durante o banho, que após o processo ficam mais tranquilos e calmos. Isso é fundamental para a recuperação deles”.
A diretora técnica administrativa da Santa Casa, Vanda Vitoria Carneiro de Santana, explica que essas terapias já são adotadas em muitos hospitais, com pesquisas que mostram sua eficácia. “Sempre procuramos adotar técnicas já estudadas e pesquisadas e por instituições respeitadas. Nossas equipes são treinadas para implantar o processo. Vale enfatizar que são projetos com baixíssimo custo e benefícios satisfatórios”.