Colaborares da Santa Casa de Itapeva representaram a Instituição na etapa estadual do movimento “Acesso à Saúde: meu Direito é um Dever do Governo”, realizado na capital paulista no último dia 13. A iniciativa pretende esclarecer a sociedade sobre a situação de subfinanciamento do SUS e suas consequências
Na última segunda-feira, 13 de julho, 16 colaboradores da Santa Casa de Itapeva estiveram na Assembleia Legislativa, em São Paulo, representando a Instituição no movimento nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos “Acesso à Saúde: meu Direito é um Dever do Governo”, liderado pelaConfederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB). O mesmo evento aconteceu simultaneamente em grande parte das principais capitais do país.
Além da presença de autoridades, cerca de 300 trabalhadores da área da Saúde estiveram no local. Participaram da composição da mesa Silvério Crestana, representante do deputado estadual e presidente da Frente Parlamentar Itamar Borges; o secretário adjunto de Saúde de São Paulo Wilson Pollara, que representou o secretário de saúde de São Paulo David Uip e o CONASS (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde) e a prefeita da cidade de Ourinhos, Bélkis Fernandes.
Também estavam na mesa o representante do CRM (Conselho Regional de Medicina), Ruy Yukimatsu Tanigawa, o presidente da Fehosp e CMB, Edson Rogatti e o presidente da Abificc (Associação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Combate ao Câncer), Pascoal Marracini. Outra autoridade presente no evento foi o deputado federal Fausto Pinato.
Na abertura do encontro, a gerente técnica da Fehosp, Maria Fátima da Conceição, apresentou um panorama do setor filantrópico aos convidados, mostrando a defasagem da tabela SUS e a importância das entidades no atendimento à população.
O secretário adjunto Wilson Pollara reconheceu o atendimento eficiente dos hospitais, comentou a ampliação do projeto SUStentáveis e reforçou que a organização do sistema público de saúde também é necessária. “Além de mais subsídios federais, os pacientes devem receber orientação do Estado sobre qual entidade devem procurar para determinado atendimento”, afirmou Pollara. “O Governador observou por meio dos indicadores a eficiência dos filantrópicos, que além de tudo, custam bem menos para o Estado”, concluiu.
Para Edson Rogatti, o atendimento aos usuários do SUS pelos filantrópicos pode acabar se não houver mudanças. “Em 2014, a dívida dos nossos hospitais era de R$17 milhões e este ano pode chegar aos R$21 milhões. Não é possível sobreviver desta forma”, afirma Rogatti. “O governo Federal precisa olhar a importância que nós temos para o sistema de saúde, pois representamos mais de 50% dos atendimentos realizados à população somente no estado de São Paulo”, desabafou.
A Fehosp acredita que a divulgação dessa realidade e a mobilização em torno do tema são indispensáveis para que medidas urgentes que garantam o direito à saúde dos cidadãos sejam tomadas. A próxima etapa será em Brasília, no dia 4 de agosto, quando deverão comparecer representes de diversas instituições do país.
“Fizemos questão de participar desse momento de luta pela melhoria na condição da assistência ofertada a população. A Santa Casa de Itapeva compartilha dos mesmos ideais apresentados nesse movimento. Contamos com o apoio de equipes comprometidas em superar os obstáculos dessa atual crise”, disse o superintendente da Santa Casa de Itapeva, Aristeu de Almeida Camargo Filho.
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