Toda segunda-feira, Telma Denise Oliveira Branco, 41 anos, acorda, toma café da manhã, se arruma e segue para o Ambulatório de Oncologia da Santa Casa de Itapeva, onde realiza seu tratamento de quimioterapia. Há cinco meses essa rotina se repete, desde que a unidade foi implantada em Itapeva.
Telma conhece bem a dura realidade de quem enfrenta o tratamento contra o câncer longe da cidade em que mora. Enfrentar a estrada, a distância, o cansaço e o mal estar após fazer quimioterapia eram algumas das principais queixas de Telma, quando ainda fazia o tratamento em Botucatu. “Quando fazia tratamento fora percorria longas distâncias e era apenas um número dentro do hospital. Aqui não. Quando eu chego sou muito bem recebida pela equipe de enfermagem. Elas têm um carinho todo especial com o paciente e buscam tornar o ambiente mais agradável para que a gente se sinta melhor”, declara Telma.
Itapeva busca, há tempos, a implantação de uma unidade de oncologia para atender a população. Porém, esse projeto ainda depende de um convênio e da aprovação do Governo do Estado. “A Santa Casa tem esse projeto pronto há alguns anos. Já fizemos essa solicitação pessoalmente ao Governador Geraldo Alckmin, quando ele esteve no município para a realização do Governo Presente. Mas ainda dependemos dessa aprovação para viabilizar a Oncologia em Itapeva. Como não podemos ficar de braços cruzados, a Santa Casa se antecipou e implantou o Ambulatório de Oncologia, contratando um médico especialista e dando as condições para que a quimioterapia seja realizada aqui. Mas, por enquanto, esse ambulatório atende somente pacientes do SUS, que são agendados pela Central Reguladora da Secretaria Municipal de Saúde de Itapeva, e também pacientes particulares e clientes do Santa Saúde”, explica Aristeu de Almeida Camargo Filho, superintendente da Santa Casa de Itapeva.
Os pacientes oncológicos precisam de atenção e dedicação especializada. O oncologista Dr. Márcio Paneghini é o médico responsável técnico pelo setor. Além dele, existe a equipe de enfermagem: Enf. Steffania de Melo Camargo, especialista em enfermagem em oncologia; Enf. Giovanna Longhini Melchior, Enf. Janete Vasconcelos, Técnica de Enf. Rosana Leite Camargo e a nutricionista Marta Regina G. de Almeida, que prescreve as dietas adequadas aos pacientes e os orienta quando aos alimentos ideais a serem consumidos em casa. “Nos dias de aplicação da quimioterapia fico muito tempo aqui no hospital. São quase oito horas. A equipe de enfermagem tem um olhar muito humanizado para o paciente. Elas trazem água, revista, travesseiro e televisão. Isso faz com eu nem perceba o tempo que permaneço aqui. Existe a preocupação de servir sempre da melhor maneira possível”, comenta.
Realizar o tratamento na própria cidade em que vive permite uma melhor qualidade de vida aos pacientes, que permanecem no aconchego de seu lar e ao lado da família. “Quando eu fazia o tratamento em Botucatu ficava fora praticamente toda a semana fora. Meu filho, que hoje tem 14 anos, ia para a casa da avó e sentia minha falta. Lá eu ficava em uma casa de acolhimento, e não tinha privacidade. Agora, é bem diferente. Termino o tratamento e vou para a minha casa. Posso ficar mais tempo com ele. Estou afastada do trabalho porque fico debilitada após fazer a quimioterapia. Mas pretendo voltar logo à ativa.
Telma realiza seu tratamento pelo plano Santa Saúde. “Peço sempre para Deus que o Setor de Oncologia aqui da Santa Casa cresça e possa beneficiar outras pessoas, principalmente os pacientes do SUS. Eu sei o quanto essas viagens para fazer tratamento fora são sofridas. Hoje com essa oportunidade, consigo manter, na medida do possível, uma qualidade de vida um pouco melhor”, torce Telma. O desejo dela é também o de toda equipe da Santa Casa, que está batalhando arduamente para tornar esse sonho realidade.
Assessoria de Comunicação da Santa Casa de Misericórdia de Itapeva
Jornalista Responsável: Claudia de La Rua – MTB 34.796