Prestar assistência provendo um ambiente seguro para pacientes, familiares, colaboradores, profissionais e toda a comunidade faz parte da gestão estratégica da Santa Casa de Itapeva
Nesse sentido, várias iniciativas e políticas de segurança são implantadas constantemente no Hospital, por meio de uma equipe multiprofissional formada por médicos, biomédico, enfermeiros, nutricionista, farmacêutica, governança de hotelaria, profissional de comunicação e zeladoria, que compõem o Núcleo de Segurança do Paciente (NSP). “O grupo é responsável pela implantação das políticas de segurança, prevenção, investigação e controle de qualquer risco que possa comprometer a segurança do paciente em ambiente hospitalar, assegurando, assim, a qualidade dos serviços prestados”, explica a enfermeira responsável pelo NSP, Fabiana Cruz.
A Comissão realiza reuniões mensais para analisar se todas as áreas físicas do hospital estão amparadas em requisitos legais de órgãos como a ANVISA, entre outros, além das exigências previstas pelo Ministério da Saúde. Também analisa criteriosamente todo e qualquer acidente ocorrido no Hospital, com o objetivo de reparar erros e preparar a equipe multiprofissional para evitar novas ocorrências. “Precisamos sempre promover ações que proporcionem melhoria contínua dos sistemas e processos de segurança do ambiente, na busca incansável por um trabalho livre de riscos e acidentes”, conta Fabiana.
Medidas adotadas através da ação no NSP
Uma das medidas adotadas para evitar erros de medicação foi o uso do Colete Vermelho, que deve ser utilizado pelo profissional de enfermagem ao preparar a medicação que será dada ao paciente. Segundo a gerente de enfermagem da Santa Casa, Lucila Murat, a medida visa reforçar a manipulação correta do medicamento. Além disso, os colegas de equipe saberão que a pessoa que está utilizando o colete vermelho não pode ser interrompida ou abordada com assuntos que possam desviar sua atenção, pois a função exige total concentração.
“O colete vermelho permite ao profissional de enfermagem concentrar-se ainda mais na atividade que está realizando. Ele organiza o local e o preparo de medicamentos preferencialmente sem fontes de distração, pois todos saberão que ele está ocupado”, diz Lucila.
Outra medida de segurança adotada pela Santa Casa é o uso da pulseira de identificação por todos os pacientes internados. “Assim que o paciente dá entrada no Hospital já recebe uma pulseira que contém informações com seu nome, nome da mãe e o número de atendimento gerado no sistema. Essa pulseira é checada pela equipe de enfermagem antes da manipulação de cada medicamento ou procedimento”, conta a gerente de enfermagem.
Essa pulseira recebe ainda um adesivo com cor que identifica pacientes com maior risco de queda, de acordo com uma classificação previamente analisada pela equipe de enfermagem. “Pacientes que tem risco maior de queda, devido a idade ou outros fatores relacionados à dificuldade de se locomover, recebem uma identificação diferenciada, que mostra à equipe que aquele paciente requer cuidados diferenciados”, conclui.
Segurança do paciente submetido à cirurgia
Por meio da definição de um conjunto de ações que visam padrões de segurança a serem seguidos pela equipe cirúrgica, os riscos mais comuns envolvendo pacientes cirúrgicos são identificados e prevenidos. Antes de qualquer procedimento, é utilizada uma lista de verificação de segurança cirúrgica, baseado na interação verbal dos profissionais presentes. É feito uma confirmação oral de que foram efetuados passos básicos de segurança para administração de anestesia, profilaxia contra infecção, trabalho de equipe eficiente e outras práticas corretas em cirurgia. Entre as informações mais relevantes estão:
– Confirmação sobre o paciente (identificação do paciente, procedimento a ser realizado, local onde será feita a cirurgia e se há consentimento informado);
– A parte do corpo em que será realizada a cirurgia é previamente demarcada com uma caneta especial, antes mesmo de o paciente entrar na sala de cirurgia;
– Checagem do equipamento anestésico e equipamento cirúrgico;
– Checagem de possíveis alergias do paciente;
– Confirmação de nomes e funções de todos os membros da equipe;
– Contagem de instrumentos cirúrgicos;
– Cuidados específicos no pós-operatório: após o procedimento o paciente fica em uma sala identificada como Recuperação Anestésica e é acompanhado pelo anestesiologista. Somente é liberado para a Unidade de Internação após essa análise e a recuperação total da anestesia.
– Antes de qualquer procedimento cirúrgico o paciente recebe um folheto explicativo, contendo todas as orientações sobre a anestesia.