Entenda os motivos pelos quais algumas regras são implantadas na Santa Casa
Nos últimos cinco anos, é notório o crescimento da Santa Casa de Misericórdia de Itapeva. Essa evolução aconteceu no âmbito físico, humano e tecnológico. Para se ter uma ideia, o número de leitos de internação aumentou em 10%. Há cinco anos, a Santa Casa contava com 375 funcionários. Em 2011, esse número subiu para 514. Em termos tecnológicos, a constante aquisição de equipamentos e a inauguração do novo Centro Cirúrgico colocam a Instituição entre as mais modernas do Sudoeste Paulista. Não podemos deixar de citar o novo bloco hospitalar, que abriga os novos Apartamentos e Enfermarias. Tudo construído e planejado com o mais alto padrão de qualidade para oferecer conforto e bem-estar ao paciente.
Toda essa evolução, em um curto espaço de tempo, tem exigido que novas normas de funcionamento sejam implantadas pela Santa Casa. É exatamente como aquelas placas colocadas em obras que dizem “Desculpem-nos pelos transtornos. Estamos trabalhando para melhor atendê-los”. Mudar a cultura e o hábito de uma população nunca foi fácil. Quem é que não se lembra da implantação do uso obrigatório do cinto de segurança?! Foi uma reclamação geral. Passados os anos, todo mundo usa o cinto sem reclamar, já consciente de sua importância e não apenas para se livrar de uma multa. A exigência do cinto de segurança não teria sido implantada se não existissem dados concretos de que o equipamento diminui sensivelmente o número de acidentes.
É mais ou menos assim que acontece na Santa Casa. A implantação de novas normas é imprescindível para garantir a boa ordem de funcionamento nas dependências do hospital e, desta forma, garantir a segurança e o bom atendimento oferecido aos pacientes e também aos colaboradores. Entre as normas, que estão causando tanta estranheza aos nossos usuários podemos citar:
A limitação de apenas uma pessoa para acompanhar o paciente no Pronto Socorro;
- O rigoroso controle no horário de visitas e visitas religiosas;
- A proibição da entrada de alimentos, roupas de cama e flores;
- Crianças de até 14 anos e idosos têm direito a um acompanhante durante todo o período de internação. Mas é preciso frisar, que apenas uma pessoa deve permanecer no hospital. As demais pessoas da família entrarão nos horários estipulados para visita.
As normas hospitalares, que não são exclusividade da Santa Casa de Itapeva, são implantadas a partir de questões observadas pela equipe técnica, pelas pesquisas de satisfação e pelas indicações que chegam por meio da Ouvidoria. Para as questões acima podemos citar os seguintes motivos (na mesma ordem):
- O Pronto Socorro, como o próprio nome diz, é para atender casos de urgência e emergência. São pessoas que necessitam de atendimento médico imediato. Outros motivos são: o controle do fluxo de pessoas nesse local é imprescindível para manter a ordem na área de atendimento; evitar a sensação de superlotação, o que causa uma maior angústia e ansiedade por quem aguarda atendimento; evitar poluição sonora e o acúmulo do ruído interno; manter os assentos livres para os doentes (antes observávamos que doentes ficavam em pé, enquanto os acompanhantes estavam sentados nos locais destinados a eles);
- A Santa Casa tem um grande número de funcionários, das mais diversas áreas, para manter seu bom funcionamento. São 514 funcionários circulando diariamente pelas dependências internas. Esse número dobra quando somado também os pacientes. No horário de visitas, o hospital chega a manter internamente cerca de 1.500 pessoas. Se esse controle não for rigoroso todo o processo fica comprometido. Esse é um dos motivos pelo qual a regra deve ser rígida. Embora, diariamente, dezenas de pessoas desacatem os porteiros tentando quebrar o procedimento. Por isso, é impossível “abrir uma exceção”, como muitos solicitam. É importante frisar que os porteiros estão lá para cumprir ordens estabelecidas pela supervisão e, como funcionário, também não pode infringi-las.
- Quanto aos alimentos, a Santa Casa mantém um serviço de Nutrição e Dietética, que se encarrega de servir o paciente de acordo com a orientação prescrita pelo médico e nos horários estabelecidos. Levar alimentos para os pacientes pode prejudicar a dieta, pois muitas vezes ele está impossibilitado de consumir determinados tipos de alimentos que contenham, por exemplo, gordura. A questão dos cobertores e travesseiros, que muitas mães exigem trazer para as crianças são proibidos para preservação da saúde dos seus próprios filhos. O hospital, por ser um local que cuida de doenças, tem ambientes contaminados. Essa medida foi implantada para prevenir a infecção hospitalar, sobretudo na pediatria.
A qualidade no atendimento e a excelência dos procedimentos realizados na Santa Casa fazem parte da missão e dos valores, impostos constantemente como meta aos nossos colaboradores. Mas também é preciso que a população compreenda que normas são essenciais para o bom funcionamento da Instituição.
Certamente, há ainda muitas coisas a serem feitas e melhoradas. Mas também é preciso observar que muita coisa já evoluiu. A nova Clínica Cirúrgica (enfermaria localizada no terceiro andar do novo bloco), por exemplo, que atende exclusivamente pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) dispõe de instalações modernas, confortáveis e com ambiente preparado pela hotelaria hospitalar. Esse é um grande diferencial desses novos tempos.
A Santa Casa trabalha constantemente pela busca de novos serviços. Recentemente, foi anunciada a homologação para a realização de procedimentos de Ortopedia de Alta Complexidade. Os serviços de Oncologia (tratamento de pacientes com câncer) também é outro objetivo a ser alcançado em breve. Além de outros projetos, como a construção e reformulação da Maternidade.
Prestes a completar 112 anos, a Santa Casa se orgulha por prestar serviços que ajudam a manter a saúde e a qualidade de vida das pessoas que residem em Itapeva e também na região. Desta forma, a compreensão se faz necessária para que possamos continuar evoluindo e aprimorando cada vez mais nossos serviços.
Assessoria de Comunicação da Santa Casa de Misericórdia de Itapeva
Jornalista Responsável: Claudia de La Rua – MTB 34.796