Urologistas Dr. Francisco Fernandes e Dr. Carlos Hermann realizam pela primeira vez em Itapeva aimplantação do esfíncter urinário artificial
A incontinência urinária é uma condição que afeta dramaticamente a qualidade de vida de muitas pessoas, comprometendo o bem estar físico e emocional dos pacientes. Esse problema pode acometer indivíduos de todas as idades, de ambos os sexos e de todos os níveis sociais e econômicos.
Recentemente, uma cirurgia para a implantação do esfíncter urinário artificial, considerado uma evolução na medicina para tratamento de incontinência urinária masculina grave, foi realizada pela primeira vez na Santa Casa de Itapeva, pelas mãos dos urologistas Dr. Francisco Fernandes e Dr. Carlos Hermann Schaal.
O esfíncter artificial substitui o mecanismo natural de continência por meio de uma prótese totalmente contida no corpo e imperceptível. De acordo com Dr. Fernandes, trata-se de uma bombinha – que fica dentro do saco escrotal – e é acionada pelo homem quando tem vontade de urinar, fechando naturalmente assim que a bexiga se esvazia. No restante do tempo, o esfíncter permanece fechado, tornando possível levar uma vida normal, sem se preocupar com a perda de urina involuntária.
“A incapacidade de controlar o ato de urinar pode ser consequência, na maioria dos casos, de procedimentos cirúrgicos na próstata – que podem afetar o funcionamento do esfíncter urinário natural – prejudicando a vida social, profissional e sexual do homem”, explica Dr. Francisco Fernandes.
Para realizar a cirurgia, Dr. Fernandes convidou seu colega de profissão, Dr. Carlos Hermann Schaal, também urologista e já habituado a realizar esse tipo de procedimento. “O esfíncter artificial é o tratamento mais eficaz para a incontinência urinária masculina grave, com taxa de eficácia de 80% a 90%”, explica Dr. Hermann, que atua no Hospital Amaral Carvalho, em Jaú.
“Com a evolução frequente da medicina, esta cirurgia foi realizada com sucesso na Santa Casa de Itapeva, num tempo cirúrgico de aproximadamente 45 minutos, em nosso moderno Centro Cirúrgico, que, aliás, foi muito elogiado pelo Dr. Carlos Herman. O paciente evoluiu com cura de sua incontinência e sem complicações”, conclui Dr. Francisco Fernandes.
Como funciona um esfíncter artificial
O sistema é composto de um manguito – espécie de anel preenchido com líquido estéril -, balão regulador de pressão e bomba de controle conectados por tubos.
1 – O manguito reproduz a função do esfíncter natural, comprimindo levemente a uretra para manter a urina na bexiga.
2 – Ao sentir vontade de urinar, o homem pressiona a bomba de controle, que fica no interior do escroto.
3 – Acionada, a bomba transfere o líquido do manguito para o balão regulador, abrindo a uretra e permitindo a micção.
4 – Após alguns instantes, o líquido retorna automaticamente para o manguito, fechando a uretra.