O X Congresso Nacional de Operadoras Filantrópicas, realizado na última semana em Santos, SP, teve a participação da gerente do plano Santa Saúde, Mirian Tomaz Moreira e do enfermeiro auditor, Felipe Alexandre Correa. Também participou o consultor jurídico da Santa Casa, Daniel Baraúna, como mediador do debate “Economia e Longevidade: Cenários que Precisam ser Trabalhados”.
Com o tema central “Criando e Gerenciando com Sustentabilidade”, o objetivo do evento é fomentar debates e troca de experiências entre as instituições e as operadoras para o desenvolvimento de soluções para uma gestão sustentável, mantendo ativo o setor filantrópico na saúde suplementar.
Para Mirian Moreira, o congresso nos trouxe subsídios, informações e exemplos de como superar a crise. “A equipe da ANS (Agência Nacional de Saúde), ficou disponível para esclarecimento de dúvidas durante todo o período do evento. Contamos ainda com a presença do presidente da ANS, Dr. José Carlos de Souza Abrahão, que durante sua palestra “Presente e Futuro na Saúde Suplementar”,reafirmou a importância da clareza nos diálogos junto aos beneficiários e o cenário econômico atual”.
Alternativas de receitas
Outro painel, debateu as alternativas de receitas. O diretor executivo da Associação Nacional de Hospitais Privados, Carlos Eduardo Figueiredo, falou sobre o momento de crise e como isso afeta a Saúde Suplementar, tendo em vista que o risco do desemprego tem efeito direto no aumento do número de consultas, uma vez que o medo da dispensa leva funcionários a utilizarem mais o plano, pois querem usufruir desse direito enquanto ainda podem.
Já o superintendente de Novos Negócios do hospital Sírio Libanês, André Alexandre Osmo, defendeu a gestão da eficiência para a produção real de valor. “O papel do hospital e da operadora não é só produzir receita, mas produzi-la com eficiência. Isso se chama produtividade”, disse.
Osmo disse que o sistema assistencial para problemas agudos, por exemplo, é visto hoje como um produtor de crises para o hospital, mas que também pode ser uma oportunidade. A concentração da assistência primária a terciária é interessante. O superintendente do Sírio Libanês alegou que a tendência atual é que sejam criadas redes integradas de saúde, seguindo a mesma linha da exposição da Anahp.
A mesa concluiu que uma das sugestões é fortalecer e consolidar a Rede Saúde Filantrópica, com o objetivo de colaborar para a formação de redes de assistência integral.
O último painel de debates do X Congresso Nacional de Operadoras Filantrópicas de Planos de Saúde discutiu a longevidade e economia. Segundo os palestrantes, José Cechin, diretor executivo da FenaSaúde, e Wagner Barbosa de Castro, diretor do Sinamge, o envelhecimento da sociedade tem aumentado os custos assistenciais e, para atender essa população é preciso estar preparado.